O
Presente texto trata-se de uma breve reflexão que apresentei a um amigo. Certa
vez, este meu amigo, declarou que a ciência é uma alternativa mais viável e
propícia ao bem da humanidade que a religião. Confesso que me causou uma certa
angústia, pois também sou contra a religiosidade que aponta para rituais e
superstições confusas que insinuam um atalho seguro a pessoa do Deus criador.
Biblicamente entendo que o homem não alcança a Deus por seus méritos. Se somos
salvos é tão somente por recebermos de boa mente e coração sincero a Graça de
Jesus. Um favor imerecido que assegura aquele que o recebe: o perdão, a
presença do próprio Deus em nós e a salvação. Outrossim, quando alguém aponta a
ciência como alternativa a isso, bem tenho de dizer que ela não tem nada a
oferecer para a edificação da alma, da promoção da vida em sua plenitude e
muito menos para o bem da humanidade, haja visto os enlaces e detalhes
capitalistas inerentes a produção cientifica.
Dita
essas coisas tenho de lhe confessar que nesse momento meu coração está alegre,
pois ainda que esse meu amigo talvez duvide, mas o Espírito Santo me traz a
mente o conforto de sua semelhança com a história do apóstolo Paulo, ou seja
alguém prudente, lógico e zeloso pelas coisas que crê. Este outrora conhecido
como Saulo de Tarso via o Cristianismo emergente como algo nocivo e perigoso a
sociedade da época. Não era alguém que andava a procura de Deus, muito pelo
contrário já se imaginava sob as bênçãos do Pai, então um dia: “E, indo no
caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um
resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos dos Apóstolos 9:3-4) Deste momento
em diante ele nunca mais foi o mesmo e apesar de todas as tendências mostrarem
o contrário tornou-se o mais atuante, evangelisticamente falando, de todos os
apóstolos do Senhor. Algum tempo depois ele próprio iria afirmar: “Circuncidado
ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus;
segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a
justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o
perda por Cristo” (Filipenses 3:5-7) Ou seja, tudo aquilo que antes ele
considerava de grande valor e importância veio a se tornar vazio e sem
propósito. Em outras palavras, a conversão de Paulo aponta para o paradoxo
sobrenatural do verdadeiro cristianismo. Quem quer a vida perde-la-á, pois o
caminho que liberta da escravidão aponta para a necessidade do servir. Para que
o Filho de Deus viva é necessário que a criatura humana pereça. “Jesus
disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus” (João 3:3)
Ney
Bellas
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